São Paulo em Imagens

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Festa

Não foi a festa de lançamento do blog, claro. Na verdade, o lançamento do blog pode ser considerado parte desta festa, já que a data do aniversário da cidade foi proposital.

Circulei um pouco pelos dois eventos, Anhangabaú, pela manhã e à tarde (fui à tarde), e o show na Avenida Ipiranga, em frente à Praça da Rapública, que começou por volta das 17hs e foi até quase as 23hs. Neste eu estive mais pelo final, mas pude escutar o show todo do meu apartamento.

Quando é para bater, a gente bate, então, se as coisas funcionam, devemos elogiar, também, é claro! E eu tenho de parabenizar a organização dos dois eventos. Tudo o que eu vi esteve perfeito. Havia segurança ostensiva (Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana e segurança privada), postos médicos espalhados por todos os lados, uma boa quantidade de sanitários químicos e muita tranquilidade. Deu para circular, aproveitar, fotografar, curtir...

Os únicos senões que eu acrescentaria foram o tobogã, que deu uma certa sensação de fragilidade, mas ficou na sensação, já que não foi registrado qualquer incidente, e a balada que, ao menos quando eu passei por lá, estava vazia e completamente desanimada, como vai poder ser visto na foto.

De qualquer maneira, foi gostoso de ver, foi divertido estar lá. E ouvir o Paulo Miklos cantando Ronda foi, na minha opinião o ponto alto da festa.

E estar alí, o melhor de tudo.

Parabéns, São Paulo!

 

 

Nasce (oficialmente) o projeto!

São Paulo é uma cidade sem muito meios-termos. Ou a pessoa se apaixona por ela, ou a detesta. Especialmente quem, como eu, como muitos que moramos aqui, vem de fora.
Arrisco-me a dizer que quem nasceu aqui não consegue compreender a letra de "Sampa", que ilustra este post, com a mesma profundidade que quem vem "de outro sonho feliz de cidade e aprende depressa a chamar-te de realidade".

Há muito tempo eu venho acalentando a ideia de um blog falando de São Paulo, de seus tipos, de seus lugares, de suas histórias, de seus personagens... Um blog que possa dar sugestões de eventos, comida, passeio, e outras tantas coisas que a cidade oferece. E hoje nasce o projeto.

Ele nasce já com alguns posts. Não foram escritos hoje, claro, mas levam a data de hoje, por ser o dia que vêm a público. Exceto o primeiro, um texto do Adelson, que leva sua data original, de um ano atrás. Ainda que pudesse ter sido escrito hoje, ou sempre.

Também nasce individual, mas a ideia é que seja coletivo, e para tanto já convidei o Adelson Campos e o Toninho Moura como meus primeiros parceiros. Afinal, a cidade é coletiva, tem mil caras e milhões de corações. Uma única pessoa a falar sobre ela, um único ponto de vista, seria injusto.
Sejam todos bem-vindos, boa leitura, boa diversão e, espero, que o blog possa ajudar cada um a amar um pouco mais esta louca, porém acolhedora, cidade.



O Louco

Eu saia da praça da República e entrava na Barão de Itapetininga. Ao longe, um barulho de algo batendo em objeto metálico. Não dei importância imediata, mas a funcionária da loja de celulares, ao lado de quem eu passava gritou “Ei” e um nome, que não gravei.

Comecei mesmo a prestar atenção, foi a partir da reação dele, que gritou para ela de volta, um “Oi”, tendo como resposta, também gritada, um “hoje cê tá legal, hem?”

Ele voltou a olhar para ela, não disse mais nada. Correu até uma caçamba metálica para entulho e bateu violentamente nela, com alguma coisa que tinha na mão, fazendo novamente o barulho que eu ouvira. A esta altura, eu já estava mais próximo dele.

A ação seguinte foi tirar parcialmente a camiseta que vestia, despindo um dos braços e o peito, deixando-a presa no outro braço e no pescoço.

Abriu os braços como se fossem as asas de um avião. E, rindo alto, fazendo barulho, começou a correr. Passava propositalmente perto das pessoas que caminhavam, distraídas, assustando-as ao desviar-se delas no último segundo. Passou correndo ao lado das araras de uma loja de roupas, não derrubando tudo por muito pouco.

Virou a esquina da rua Marconi, desaparecendo de minha vista, ainda rindo alto e fazendo barulho. Vivendo ao seu modo. Não sei dizer se feliz ou infeliz, mas aparentando não se importar tanto com o mundo “real” que o cerca.

Mesma pintura, dois momentos distintos

Por ocasião da Copa de Futebol da África do Sul, a Prefeitura autorizou ao artista plástico Kobra a realizar uma intervenção na Praça do Patriarca, uma "Pintura em 3D" alusiva ao evento.
Tive a possibilidade de registrar a obra na data de sua inauguração, no dia 30/06/2010. As fotos aqui registradas foram feitas com a câmera do meu celular, que não é lá grande coisa.



Menos de um mês após o término do torneio, ao que tudo indica o desânimo por conta da desclassificação do time brasileiro atingiu também a homenagem, como demonstra a próxima foto, registrada em 31/07/2010, apenas um mês após a inauguração:



Uma pena, na minha opinião. Embora eu não seja a pessoa mais preocupada do mundo com futebol e seus torneios, achei a pintura muito interessante, e uma pena que tenha se degradado tão rapidamente.